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DICA DA SEMANA: Hoje o nosso destaque é o talentoso cantor e compositor SANTOZ!!!!!!

  • NA VEIA_MC BOBX
  • 15 de out. de 2017
  • 7 min de leitura

E hoje o blog NA VEIA ta bombando com o talentoso rapper SANTOZ que bateu uma papo maneiro com o colunista Bobx. Falando de seus trabalhos e contando um pouco da sua história, o compositor mostra porque tem sido tão respeitado na cena!

1 - O que você esta produzindo no momento ?

SANTOZ: Atualmente estou envolvido na produção de 2 projetos que são, o disco do Thauan el Pavuna um sambista da nova geração que é cria da Pavuna bairro onde sou nascido, esse trabalho tem previsão de lançamento para o inicio de 2018 mais acredito que ainda esse ano um single que faz parte do disco seja liberado, já gravamos toda a parte de batucada do disco e posso afirmar que o disco vem quente e cheio de molho. O outro projeto é o EP do Cizinho Afreeka que é um trabalho no qual estamos musicando algumas poesias que se encontram no livro de poesias lançado pelo mesmo intitulado de Desacato Liriko, nós já lançamos um single que fará parte do EP que é a música Canção para Makeda que foi gravada por mim e pela Juh de Paula e se encontra disponível nas plataformas de streaming. Esse projeto contará com as participações de Mano Teko, Antiéticos, Glória Graice, Atômo, Juh de Paula e eu Santoz.

2 - O que é a Jam session Beats ?

SANTOZ: Jam Session Beats é o meu selo, á idéia é não somente produzir o meu trabalho e lançar pelo mesmo, mais também produzir outros artistas e lançar esses conteúdos através da nossa marca. Eu hoje possuo um time que músicos que somam comigo na produção destes trabalhos, isso se acentuou no ano passado quando eu produzi o Studio Session Vol. 1 que foi meu último trabalho autoral lançado. Neste ano resolvi dar um foco na produção do trabalho de outros artistas neste caso Cizinho Afreeka e Thauan el Pavuna e ambos serão lançados pela Jam Session Beats.

3 - Já que você está envolvido na produção do trabalho de outros artistas, você também pensa em gravar um EP ou disco em parceria com algum, assim como o NAS fez com o Damian Marley ?

SANTOZ: Sim, isso sempre será uma possibilidade, eu gosto muito deste projetos colaborativos e embora eu ainda não tenha lançado um disco neste formato já tive a oportunidade contribuir em projetos de outros artistas e trazer outros artistas, compositores e poetas paras contribuir no meu trabalho. Entre essas parcerias cito a música O vôo da Coruja do Dino T-Rex, Vinicius Terra tem várias músicas não lançadas nas quais eu coloquei os voz e espero que isso um dia seja lançado para enriquecer o portfólio de parcerias rsrs, Canção para Makeda do Cizinho Afreeka também faz parte destas colaborações, musiquei e gravei a poesia Senzala Moderna da Juh de Paula, a música A favela babou que faz parte do meu EP / Vol. 2 é uma composição do Thauan El Pavuna, outras 3 músicas que fazem parte do meu EP formas compostas em parceria com as poetisas Patricia Costa musicas (Fatal e Sonho Bom), Fernanda Andrade na música (Seja) e Glaucia Amorim na música (Nossos acordes). Além destas uma das contribuições e parcerias aconteceram contigo o rapper e agora também colunista MC Bob X na música Desculpe que foi escrita por nós dos em sua casa não sei se você lembra rsrs, essa música faz parte do Meu EP / Vol.1 e do Studio Session Vol. 1 e também na sua música IMPÉRIO que de antemão deixo aqui registrado foi uma honra ter gravado os vocais do canção tema da sua mixtape IMPÉRIO BXD.

4- Como um artista independente consegue se manter na música nessa época de crise, onde se tem menos shows que antes e os investimentos das produtoras são menores ?

SANTOZ: Não, hoje ainda se faz é necessário ter um emprego formal ou investir em um outro negocio, mais a música já me gera uma receita mais ainda não é o suficiente para que eu possa somente trabalhar com música. E eu assim como muitos artistas ainda não possuo uma agenda robusta de shows ao ponto de poder somente focar na música como principal fonte de receita, a solução para esse quadro acredito que seria ter ao menos uns 5 shows no mês para começar a pensar e fazer somente música e abandonar o trabalho formal. Eu tenho um trabalho que é robusto com banda, o custo para manter uma banda em atividade não é baixo e hoje artistas que estão procurando se firmar como é o meu caso vão encontrar dificuldade em fechar shows pois o contratante quer ver a casa cheia e eu estou em construção trabalhando para se estabelecer como artista, como produtor e dentro disto tudo formar um publico consumidor do meu trabalho, é um processo que hoje vejo como normal pois é um processo de fundamentação, o importante agora acredito se seja não parar de se mover.

5- Por qual motivo vocÊ tem uma procura tão grande do seu trabalho em outros países, vocÊ agrada desde americanos a japoneses nas suas redes sociais.

SANTOZ: Cara é engraçado isso, eu fico e extremamente feliz quando vejo um blog ou alguém que não é brasileiro falando sobre o meu trabalho, eu acredito que isso se deve ao fato de primeiramente a música brasileira se muito respeitada lá fora e de alguma forma artistas novos dos Brasil acabam gerando a curiosidade do publico estrangeiro, eu tive a felicidade do meu EP / Vol. 1 ter sido bem comentado em um blog chamado Indie R&B Fan de NY e também de músicos e cantores da gringa elogiarem o trabalho, isso é uma construção eu não acho que atingi o potencial ideal de visibilidade fora do pais, espero ver a minha música atingir um publico maior lá fora pois o retorno que até o momento tenho tido dos gringos tem sido algo interessante e motivador.

6 - Nesse atual momento de escândalos e corrupções, como você acha que deve ser o posicionamento da música negra ?

SANTOZ: Eu já fui rapper no final da década de 90 fiz parte de um grupo de Rap chamado Posse Reagir que era formado por mim Santoz, Jovem Cerebral e Vinicius Terra e cito isso pelo fato de ter bebido da fonte do Hip Hop feito nos anos 90 aonde no Brasil o discurso era bastante politizado, informativo e educativo. A música negra em sí em sua essência já é de militância e de resistência isso já faz parte do nosso DNA, não que os artistas de música negra tenham somente que falar sobre os nossos problemas, política e etc, acho que podemos e devemos falar sobre amor, sobre festa, sobre a vida mais creio que é um dever nosso empoderarmos o nosso povo com a nossa arte. Nós somos herdeiros de uma cultura extremamente bela no que diz respeito a música e acredito que essa cultura deve ser utilizada para enriquecer os seus herdeiros e não somente financeiramente mais educacionalmente. Eu gosto de usar como exemplo o Racionais Mc`s pois eles nos trouxeram o orgulho de ser negro, eles abordaram esse tema quando no Brasil nós pretos estávamos adormecidos e em muitos casos mesmo sendo pretos não nos enxergávamos como tal, eles nos fizeram buscar conhecimento sobre Maloca X, Martin Luther King, Panteras Negras isso foi libertador naquela época e o reflexo disto tudo pode ser visto hoje quando você olha ao redor e pode ver diversos artistas oriundos do gueto como Criolo e Emicida atingindo o maistream, assim como o discurso das mulheres pretas de empedrando umas as outras, aceitando o seu cabelo, seus traços e não mais sendo oprimidas como na década de 90 aonde para ser considerada bela era quase que imposto ter que ter cabelo alisado. Acredito que a musica negra na sua essência sempre vai ter um posicionamento afirmação e de informar aos seus ouvintes isso faz parte da história dela.

7- Porque Santoz ?

SANTOS: Esse nome foi escolhido ainda na época da posse Reagir, meu nome é Alex dos Santos Araujo, resolvi usar parte do meu sobrenome como nome artístico e troquei o S de Santos pelo Z foi só para soar diferente.

8 - Como é ser um músico autodidata e fazer boa música morando em áreas de conflitos?

SANTOZ: Eu não sou tão autodidata assim, cheguei a estudar canto popular na Villa Lobos em 2001 e 2002, mais na maior parte da minha história de fato o que aprendi não foi de maneira acadêmica. E quanto a morar em uma área de conflito isso não interfere em nada, sou criado na Pavuna mais precisamente no Village que faz parte do complexo do Chapadão e tanto escutar e fazer música boa tendo sido criado em no local que hoje é de conflito nunca foi um problema. A minha geração teve o privilégio de consumir música boa por meio dos seus pais e familiares, os meus escutavam Candeia, Roberto Ribeiro, Clara Nunes, Bebeto, Jorge Ben, Emilio Santiago, Benito de Paula, Almir Guineto música brasileira em geral, além de artistas internacionais como Cat Stevens, Stevie Wonder, Tracy Chapman, Eart Wind & Fire, Michael Jackson. Esses são os artista que eu cresci escutando seja em casa, nas festas de família ou no botequim quando meus coroas paravam para tomar um gelo. A minha formação no que diz respeito ao gosto musical em sua base vem disto e essa influência tem efeito sobre o meu trabalho hoje.

9 - Suas influências gringas e nacionais são?

SANTOZ: Se eu colocar todas a lista será imensa rsrs, irei citar algumas das que considero bem relevantes.

Nacionais:

Candeia, Roberto Ribeiro, Emilio Santiago, Tim Maia, Clara Nunes, Elis Regina, Cassiano, Racionais Mc`s, Ed Motta, Jorge Ben, João Bosco, Martinho da Villa, Djavan, Ivan Lins, Chico Science & Nação Zumbi, Gilberto Gil.

Internacionais:

Erykah Badu, James Brown, Jill Sott, Gil Scott Heron, Stevie Wonder, Donny Hathaway, Michael Jackson, Jackson Five, Rick James, Nas, 2Pac, Common, Esperanza Spalding, D`Angelo, Angie Stone, Laurin Hill, Floetry, Buena Vista Social Club, Naughty by Nature, Rakim, Nate Dogg, Marsha Ambrosius, Mary J Blige, Keith Sweat, The Roots, Marvin Gaye, Leon Ware, Luther VanDross, The Isley Brothers, Brian Mcknight, Fugees, Eart Wind & Fire.

Gostou não é, então fica ligado que vem mais coisa boa por aqui porque como vocês ja sabem, tudo o que é bom TA NA VEIA!!!!!!!

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